sábado, 27 de novembro de 2010

Mazin Silva e Felipe Coelho

Quisera eu desfrutar de um tempo maior para escrever sobre os dois artistas que se apresentaram na noite de ontem no Panorama Sesc de Música 2010, em Jaraguá do Sul. O primeiro da noite, Mazin Silva numa formação Power Trio, baixo, bateria e guitarra e em seguida Felipe Coelho com o quarteto de cordas Cata Vento.





















O trabalho de Mazin Silva é de um vigor próprio de grandes guitarristas, com uma técnica apuradíssima, Mazin passeia pela divesidade rítmica e instrumental internacional. Navegando entre o samba, bossa, o rock e o regional, sempre aliado a características jazzistas, o Power Trio, formado por ele e os amigos Oscar da Silva no Baixo, sim Baixo com letra maiúscula – o que mais me impressionou em Oscar foi sua sensibilidade, o cara entra a fundo no som, viaja e faz a gente viajar, adorei, especialmente o improviso da primeira música – desconsertante. O outro amigo e parceiro é JP na bateria, uma pegada forte e uma sincronia perfeita com o baixo e a guitarra. Aqui também vale ressaltar outras qualidades inerentes a Mazin Silva: simplicidade, simpatia, levesa, sinceridade – adjetivos típicos de grandes artistas. Parabéns Mazin querido, seu trabalho nos impressionou e emocionou. Obrigado pelo show perfeito! O DVD Lar dos Sonhos está belíssimo, com direito todos os superlativos...eh eh Você faz "o barco virar"! valeu grande!















O segundo show da noite, Cata Vento com Felipe Coelho ao violão, acompanhado pelo quarteto de cordas homônimo ao nome do CD.
Felipe Coelho é um grande talento violonístico, músico com formação no exterior, que, de volta a sua terra natal, parte em busca do devido reconhecimento. Seu trabalho traz uma característica de música de câmera, com arranjos muito bem elaborados por ele mesmo. A formação com o quarteto de cordas formado pelos músicos Elias Vicente e Ricardo Muller, ambos ao violino, Marcos Origuella na viola e Frederico Malverde ao violoncelo perfaz uma orquestração perfeita ao trabalho proposto. A busca insistente de Felipe por novas linguagens musicais, aliando a música erudita ao jazz, ao choro e ao flamenco, o violonista apresenta ao público um rico mosaico de sons e influências. Sua criatividade garante a sua música o sentido e inovação, guarda um sabor contemporâneo extremamente requintado. Ouso dizer, permita-me o leitor, mas agora estou assim, profetizando o que me salta aos olhos, Felipe Coelho é, sem sombra de dúvidas um dos maiores violonistas que despontam na atualidade, com um trabalho coeso e bem direcionado, Felipe , fatalmente, obterá o reconhecimento nacional e internacional. É justo.
Parabéns Felipe Coelho e quarteto, a noite foi, de fato, um espetáculo!

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